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Estações da Linha Ferroviária
Costa del Sol

Málaga, Espanha
2007






Decidimos que a estação deveria ser, antes de mais, um edifício, depois de escavado o terreno e construindo de baixo para cima, que é a “ordem natural das coisas”.

É uma espécie de cobertura acessível e transitável que contém um recinto rebaixado (pátio) que convida a descer e a entrar, num movimento lento, para que também lentamente se possa ir percepcionando o enquadramento e a sucessão dos espaços que conduzem até ao cais, bem lá em baixo.

Pessoas e comboios são fluxos que “atravessam” o edifício em movimentos cíclicos. É isto que precisa de ser traduzido, pouco mais …

Recordámo-nos agora do fascínio que sobre nós exerciam as gares ferroviárias das grandes cidades ou a reconhecida importância que tinham nas pequenas cidades de província, enquanto porta para outras oportunidades – tempos difíceis!
Lembramo-nos dos grandes átrios, amplos e vazios de mobiliário, mas cheios de gente que parte ou que chega – o fascínio e o nervosismos próprios da viagem e a magia daqueles espaços que representavam a porta de saída para outros mundos ou de chegada, para quem deles regressava.
As grandes naves em ferro e vidro que protegiam os comboios e as pessoas, o vapor de água que as envolviam e por vezes se misturava com a luz do sol. Eram espaços com ritual.
Gostaríamos que as “nossas” estações fossem capazes de recuperar alguma daquela magia, mesmo conscientes de que o tempo e a velocidade de hoje são outros e que aquilo que antes era longínquo e distante está agora muito mais próximo.
Queremos que os nossos edifícios sejam capazes de convocar a memória, de libertar uma espécie de energia que não se pode descrever mas que se pode pressentir, porque emociona. Sem nostalgia…