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Concurso Rave |
O edifício da estação deve ser capaz de incorporar esse património local sem esquecer que também existe um património universal que também pode (e deve) ser seu. Só assim a Gare do Sul, estação do Lavradio, poderá aspirar a ser genuinamente contemporânea. O edifício da estação não é um edifício. É uma espécie de invólucro, uma capa, que envolve e oculta um viaduto ferroviário permitindo, deste modo, que se torne habitável. A sua ocupação interna é extremamente simples uma vez que se pretende que o viaduto, encoberto para o exterior, permaneça visível no interior – predominam as transparências e as continuidades espaciais para que a sua permeabilidade se torne efectiva, manifestando-se assim a sua condição de elemento de articulação, e também de separação, dos espaços exteriores que lhe são contíguos a nascente e a poente. É também por isso que a organização interna do programa se faz através da disposição de volumes soltos e moduláveis, diferentes na forma e materiais de revestimento, os quais, pela relação que mantêm com aquela estrutura, acabam por definir os percursos que o utente poderá utilizar. Isto porque uma estação ferroviária também é movimento – das pessoas e dos comboios. |
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